Existe uma porção de pontos que contribuem para a tomada de decisão de fazermos uma viagem.
Geralmente decidimos primeiro para aonde vamos, por onde vamos, em que hotel ficaremos, roteiro turístico, restaurantes que comeremos, localidades históricas, e uma infinidade de outros pontos.
Então fazemos as reservas, o checklist, arrumamos as malas, arrumamos o GPS, fazemos a revisão do carro, botamos tudo no porta-malas, checa o som, óculos escuro na cara, bração na janela e #PARTIU.
Só alegria.
Brisa no rosto... sol nascendo no horizonte.
Você é o dono da estrada.
Acontece que você nunca tinha pegado aquela estrada. Não conhece ao certo os trechos bons e ruins do asfalto. Não fazia idéia que tinha um trecho de terra, pontes, desvios.
No meio da jornada acontecem acidentes onde tudo para. Traz a tona nossos piores sentimentos, nossos piores pensamentos.
Às vezes paramos em postos belos por fora e há uma comida horrível com gosto de sapato.
Passamos por banheiros imundos. Até prendemos a respiração, para chegar ao lado de fora e dar uma bela enchida nos pulmões.
Pegamos filas intermináveis nos pedágios e nos assustamos com o assalto que recebemos daquela via. Entramos na sensação de termos sidos lesados na frente de todos e nos sentimos com as mãos atadas.
E então vem a tempestade.
Olhamos para aquele céu negro como se fosse a noite mais escura da nossa alma.
Ficamos com tanto medo que acreditamos que não sairemos vivos daquela situação.
Uma montanha inteira desliza sobre a estrada levando consigo todo o asfalto.
Toda a nossa esperança desliza junto.
Toda aquela terra revirada com grama, arvore, terra e asfalto parecem intermináveis aos olhos e ao coração.
Não há mais como seguir adiante.
Ficamos parados e congelados diante da situação. Não sabemos mais o que fazer, para onde ir, a quem recorrer... Entramos na sensação do medo e do pânico de não conseguir chegar ao nosso destino.
Choramos e lamentamos.
Viramos as costas e o veneno mental toma conta de nossa cabeça. A ira e a raiva se intensificam até virar a cólera.
A pergunta quer não quer calar nesse momento é: Porque isso tinha que acontecer comigo? O que foi que eu fiz para merecer isso?
Enquanto ficamos paralisados com nosso veneno mental, a natureza que é sábia e bondosa providência um desvio, um atalho de pedras duras que nos auxilia a voltar para a estrada e seguir a diante.
Cedo ou tarde na vida, compreendemos que: A estrada da vida é uma via de mão dupla. Ela é cheia de revezes e também de belas paisagens.
Mas afinal de contas, quem escolheu fazer essa viagem?
Em conjunto com seres muito mais evoluídos que nós, nós determinamos quando, quem, como e onde você iria encarnar, quem seriam seus pais, o carma você seria obrigado a equilibrar nesta vida.
Esses seres evoluídos são os únicos que dão dispensa de ações, se você compreender que estamos nesse mundo para servir e estiver mais do que disposto a equilibrar seu carma.
Carma definitivamente é algo bom quando bem compreendido.
Todo pensamento, palavras e ações emitem uma freqüência... uma onda.
Essa onda vai e volta.
A todo o momento estamos fazendo isso... e a todo momento está sendo computados.
A definição do roteiro da viagem foi feito e as turbulências da jornada fazem parte.
É preciso ter gratidão e aprender a tomar os desvios que a natureza nos oferece.
Você optou pelo papel, pelas atribuições, isto é, planejou juntamente com os Senhores do Carma o que você faria nesta vida; e pela precisão deste planejamento, antes de encarnar, você concordou com os papéis que iria desempenhar aqui na Terra; concordou em conviver com as pessoas com quem contraiu dívidas cármicas; concordou com o momento e em que posição você faria isso; com as oportunidades que viriam naturalmente; está tudo escrito e planejado.
Sua vida é totalmente planejada, mas está sujeita a alterações. Porém, isto não significa predestinação, porque tudo o que já vem determinado pelo seu carma pode ser intensificado ou pode ser mitigado [diminuído, amenizado], de acordo como você reage à situação
Damos a isso o nome de LIVRE ARBÍTRIO.
Somos impacientes demais. Queremos a qualquer custo chegar ao nosso destino.
Não compreendemos ainda que a liberdade esta na jornada e não no destino final. O ser humano é mais livre do que imagina, só que não sabe utilizar a sua liberdade.
Um dos princípios fundamentais da lei da compensação é o de que, para cada pesar ou alegria que causemos a outrem, deveremos viver experiências de mesmo grau e natureza, em momentos em que as lições a serem assim aprendidas causem mais forte impressão. Isso não quer dizer que passaremos por esse aprendizado nessa mesma viagem, podendo ficar o aprendizado para uma próxima jornada.
Este princípio não exige olho por olho e dente por dente, pois não há vingança nesse processo, ou qualquer intuito de causar sofrimento.
A única finalidade do Carma é de nos ensinar uma lição, de nos conscientizar dos nossos erros e fazer com que desse modo aprimoremos nosso discernimento.
A lei do equilíbrio/compensação é uma via de mão dupla; isto é, um ser humano pode ter um crédito. Assim, fará ele jus a uma compensação positiva do Universo.
Pensando, falando e agindo de forma positiva em todas as situações (por não saber onde e quando estamos compensando algo que fizemos) acabaremos por gerar esse crédito em determinado momento e isso acarretará na diminuição ou amenização das demais pré-definições que escolhemos para essa jornada.
Quando uma pessoa se vinga de algo que aconteceu, ou outras pessoas fazem com a pessoa o que ela fez para outrem, estão interferindo nas pré-definições da pessoa para com o conselho cármico e gerando mais Carma para si mesmo.
Isso acontece muito nas penitenciárias, onde os presos geralmente cometem com os detentos os mesmos crimes que eles cometeram nas ruas.
Isso não compensa o que ele fez para terceiros e ainda aumenta o carma de quem efetua a ação contra ele.
Quando VIVEMOS, FALAMOS E PENSAMOS coisas boas na maior parte do tempo, começamos a diminuir nossas mazelas.
Inteligente será aquele que após ler esse post, colocará em prática essa Lei da Natureza e se beneficiará daqui a alguns anos com uma vida mais plena e feliz.
A estrada da vida é uma via de mão dupla.
Aproveite cada paisagem, cada curva, cada deslize, cada companhia, cada oportunidade de fazer a diferença, cada oportunidade de fazer o certo e ser honesto, mesmo quando todos os outros se corromperam, cada bom momento da sua viagem, etc.
Nada menos do que uma estrada RETA de pensamentos, palavras e ações me interessam mais.